Antes de tudo: ninguém aqui está dizendo que você precisa sempre escolher um lado. Ninguém aqui está dizendo que você precisa defender este lado até a morte, mesmo que este lado que você escolheu se posicionar comece a fazer atrocidades inaceitáveis. Quando se posicionar se torna necessário, a única coisa que se pede é BOM SENSO.
Não tem uma receita de escolha certa e feliz, não tem uma lado que só tem prós e nenhum contra. Mas deve-se levar em consideração o que é relevante para você e sua vida.
Conseguiria viver sendo “bem sucedido socialmente” e ver um semelhante com tanta capacidade que você se dando mal na vida? Como diz Emicida, “cê vai viver de amor do lado de quem mata por dinheiro?”.
Se você acha que ver seus iguais numa condição de vida pior, não te afeta, siga sem posicionamento, então.
Mas há de ter clareza sobre os motivos que levam você a não se posicionar. “Todos temos a mesma chance de crescer na vida” você pode dizer, sem levar em consideração os fatores que proporcionam este crescimento como educação, família, condição financeira, até mesmo sorte. Considere que nenhum indivíduo é exatamente igual ao outro, inclusive nas suas relações interpessoais, e pronto, o argumento meritocrata cai por terra.
Se você está no time dos que acham que “o Brasil não tem mais jeito”, é um caso típico de preguiça informativa, e seu argumento é fácil de ser contraposto se buscar informações sobre os últimos 20 anos de crescimento econômico no país (os investimentos diretos no país saltaram de US$ 4,4 bilhões em 1995 para US$ 62,5 bilhões em 2014; a dívida externa bruta em relação ao PIB foi de 20,7% em 1995; teve um pico de 41,8% em 2002 para chegar em 2014 com 15,9%; e as nossas reservas internacionais líquidas passaram de US$ 51,8 bilhões em 95 para US$ 374,1 bilhões em 2014).
Há também que se levar em conta uma série de fatores ao buscar uma fonte de informação: algo do tipo, “esta revista/jornal/pessoa é confiável? Esta fonte tem algum tipo de filtro duvidoso na sua forma de noticiar?”. O pensamento crítico a respeito de tudo o que se absorve também é essencial para aquele que deseja se manter bem informado a ponto de criar seu ponto de vista e por fim um posicionamento.
Agora, se seu problema é apenas preguiça de “ter que fazer algo pelo país”, saiba que o país não é nada sem a sua contribuição, e que cada posicionamento conta e significa algo. Só assim é que se pode devidamente se considerar um cidadão, escolhendo um lado sempre que necessário e lutando por aquilo a qual se acredita ser importante para viver em sociedade.
quarta-feira, 30 de março de 2016
segunda-feira, 11 de maio de 2015
os novos politizados
Até onde o extremismo político é saudável?
Visto que atualmente o Brasil passa por um momento extremamente polarizado onde basicamente é a direita contra a esquerda política, o sul/sudeste contra norte/nordeste, e o ódio sendo destilado e fumegando em várias rodas de conversas que sem muito esforço viram discussões passíveis de serem levadas para o lado pessoal, até onde a postura radical e o ponto de vista sem brechas ou flexibilização pode ser saudável para uma população, principalmente uma assim, misturada como a brasileira?
Segundo a psicologia, quando algo se manifesta em um ato de raiva ou violência, pode ser a consequência de uma frustração ou decepção. Há alguns anos acompanhamos noticiários cada vez mais mordazes atacando nossa política e denunciando casos de corrupção cada um mais escandaloso que o outro. Isso, visto pelo cidadão que recentemente subiu de classe e conquistou cada bem adquirido com trabalho e incentivos do governo, soa como uma traição, uma vez que alguns personagens desses casos de corrupção são massacrados pela mídia e reverberam no falatório popular.
Com o aumento dos preços por uma instabilidade inflacionária da economia brasileira em 2014/2015, os pertencentes dessa classe média emergente viu tudo o que foi conquistado no governo Lula e isso o fez entrar em alerta. Sempre sendo manipulado por uma mídia golpista que admite ter apoiado o que foi o maior retrocesso da sociedade brasileira, a Ditadura Militar, esse cidadão explode e se deixa levar por motivos que talvez não sejam seus, mas que o indignam nem se sabe porquê.
Se indigna porque, afinal? Se nos últimos anos ele conseguiu fazer faculdade, celular, carro, internet, computador, eletrodomésticos de alta tecnologia e até casa? E se se indigna, então que seja coerente, já que muitos desses cidadãos indignados só se manifestam por uma parte dos supostos problemas, e uma outra parte, mais regional, nem se quer se incomoda do fato de não ter água ou bom salário aos professores.
Talvez falte um reconhecimento de classe. Talvez o cidadão emergente esteja com uma mentalidade de uma classe a qual não pertence, mas que quem faz parte quer que pense que são todos da mesma classe porque quanto mais gente, mais força. Mas não são, afinal o cidadão que conseguiu comprar um apartamento pelo Minha Casa Minha Vida não está no mesmo núcleo de quem compra uma BMW por ano. E é sempre assim, desde que estejam protestando por uma causa que não diz respeito a classe emergente mas sim a elite, a elite recebe a classe emergente de braços abertos. Mas não tente frequentar o colégio particular dos seus filhos ou invadir a primeira classe na sua viagem para Miami.
Mas, como todas as farsas, esta também há de cair. Porque não há elite que deseje igualdade, e é só uma questão de tempo para os novos politizados revoltados on-line notarem que não fazem parte desta classe e jamais farão.
Visto que atualmente o Brasil passa por um momento extremamente polarizado onde basicamente é a direita contra a esquerda política, o sul/sudeste contra norte/nordeste, e o ódio sendo destilado e fumegando em várias rodas de conversas que sem muito esforço viram discussões passíveis de serem levadas para o lado pessoal, até onde a postura radical e o ponto de vista sem brechas ou flexibilização pode ser saudável para uma população, principalmente uma assim, misturada como a brasileira?
Segundo a psicologia, quando algo se manifesta em um ato de raiva ou violência, pode ser a consequência de uma frustração ou decepção. Há alguns anos acompanhamos noticiários cada vez mais mordazes atacando nossa política e denunciando casos de corrupção cada um mais escandaloso que o outro. Isso, visto pelo cidadão que recentemente subiu de classe e conquistou cada bem adquirido com trabalho e incentivos do governo, soa como uma traição, uma vez que alguns personagens desses casos de corrupção são massacrados pela mídia e reverberam no falatório popular.
Com o aumento dos preços por uma instabilidade inflacionária da economia brasileira em 2014/2015, os pertencentes dessa classe média emergente viu tudo o que foi conquistado no governo Lula e isso o fez entrar em alerta. Sempre sendo manipulado por uma mídia golpista que admite ter apoiado o que foi o maior retrocesso da sociedade brasileira, a Ditadura Militar, esse cidadão explode e se deixa levar por motivos que talvez não sejam seus, mas que o indignam nem se sabe porquê.
Se indigna porque, afinal? Se nos últimos anos ele conseguiu fazer faculdade, celular, carro, internet, computador, eletrodomésticos de alta tecnologia e até casa? E se se indigna, então que seja coerente, já que muitos desses cidadãos indignados só se manifestam por uma parte dos supostos problemas, e uma outra parte, mais regional, nem se quer se incomoda do fato de não ter água ou bom salário aos professores.
Talvez falte um reconhecimento de classe. Talvez o cidadão emergente esteja com uma mentalidade de uma classe a qual não pertence, mas que quem faz parte quer que pense que são todos da mesma classe porque quanto mais gente, mais força. Mas não são, afinal o cidadão que conseguiu comprar um apartamento pelo Minha Casa Minha Vida não está no mesmo núcleo de quem compra uma BMW por ano. E é sempre assim, desde que estejam protestando por uma causa que não diz respeito a classe emergente mas sim a elite, a elite recebe a classe emergente de braços abertos. Mas não tente frequentar o colégio particular dos seus filhos ou invadir a primeira classe na sua viagem para Miami.
Mas, como todas as farsas, esta também há de cair. Porque não há elite que deseje igualdade, e é só uma questão de tempo para os novos politizados revoltados on-line notarem que não fazem parte desta classe e jamais farão.
segunda-feira, 30 de março de 2015
SANDMAN SONHAVA ACORDADO
Enquanto, me escrevo, me estremeço, como num canavial, postam-se muitos pés-de-cana que adormece os índios sedentos por métodos, rápidos, fáceis e sem muitos incômodos, digerem seu dizer em música, azul e branco de 1984, numa revanche de Carlos Marighella, o herói nato, de torradas as rádios, mídias e canais, os índios se deliciem e se aliviem aos jogos e videogames de um baiano que chaveou, plantou, colheu e degustou o mel açucarado dos andes, de lhamas douradas.
Povos, originários, entraram se estabeleceram, confirmaram se rebelaram e ficaram chocados, com tantos ovos de ouro, que coelhos só se dão, um ao outro, em abril, a serpente da beatriz.
Diziam as más línguas, as boquinhas pequenas, que maomés vieram libertar os céus... Loiras, me descuplem, mas nós gregos, temos tendências à antes de cristo, vir e me observar tanta extravagância em seus belos e sedentos por mar e conquistar. Aquele, de Julio Verne e suas profecias reescritas, em livros e filmes, mais de milênios, anteriormente.
Nesta levada, estamos a galopar nos grandes cavalos de Tróia, à incendiar os molotovs, embarcar espécie e espécimes de três jeitos. Três, tipos de vizinhança, os felinos, os caninos, os longínquos e os enraivecidos, duma história criada e não autorizada, me poupe, pois de rei, mas nem a fitinha rosa.
Doutros tempos, de doutor, de explorador e revisor, se consagrava a santa, kaya, que nos traz a bondade, felicidade e magia marinha, de algas tão fundas e inexploradas, que peixes vem cantar, agitar e se molhar, nessa onda de stella e ana estela, sendo que era uma surfista, uma sarrista e uma noviça vivente e agitante em mares, ares, belas, praias de Recife.
De Chico Science, à Buarques e buques de Rosas, belas magrelas e finas, por químicas. Embelezadas com aflição e solidão, na Consolação se abriu um arrombão, mas não abra mão, do giz de mão que se floresceu na plantação de irmãos de um cristo, mas que foi concebido em vários leitos e desleitos de morte e mucha suerte.
Alfred, me encantou e escureceu o fundo, mais fundo, de uma belezura e formosura de um sacristão, rebocado da extensão de um pavilhão.
Deu-se à mão, à noviça, vivida e amada. Ela, toda sem costume, me tornou com os Domingos, de Moraes e suas belas pingas. Goteira, que é de chuva, se esfole e mate a decência e puro, cálice de sangue com pó de vidro dos Chewbacca.
O conto, se deu, nuns minutos postados, minados e ganhados, por gatinha manhosa da vó, marido de Marighella, impestuoso e também gente boa, malandro e suas filhas, lindas, belas e verdes, num estúdio de psico-sociologia, de um historiador acostumado, a repetir, a se iludir com tanta, babaquice, caretice, desta eterna falta do que falar, fazer ou simples andar, olhar e se beneficiar com aquilo, aqueles eu até o Aquiles.
Um herói, corrompido, pela heroína. Esta, já inventada, matou e mata igual cigarrada, tragada e rejeitada pelo seu pai em leito de morte, por esta criança tão querida e educada numa saudade sem fim e comigo.
Pra ti, fica só a marca, de Freud e suas cocaínas colecionadas e rejeitadas, seu algoz inferior. Ponha as minhas crias, netas e bisnetas, postas as mesas, de mestres e pedagogos. Pois hoje, Friederich, mata Deus e sonha com sonhos ti legais e tribais de uma coruja, sonhada, achada e marcada, na perna direita, de sabedoria e agilidade, doente sempre se beirou, mas conquistou com jeitinho, malandragem e boleiragens, destes profissionais pagos e gastos com criações e transações.
Nada, nem ninguém, se joga também, o federal preserva a natureza, o desenho e a beleza, na cor dos olhos de nossos mestres como Ayrton e uma curva, ao lado, de mercadores e maquinadores de Rony e seu indesejo de gatos, mas paixão por ratos, medrosos e filhos de uns puta ódio por mulher.
Diferenças, foram feitas para remediar e não interromper, nomear e ajudar, mas apenas, deixar, passar uma nota de um país que eu não grifei.
Talvez, por inconveniência e mal dizer, quero-lhes responder, que o futuro, à Neil Gaiman, se presenteou com Coraline e seu fascínio por gatos.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
PISTOLEIROS DO TIBET
Após, lamentações, tiroteios e balas perdidas, a coca se abriu, como aquele velho livro de uma matemático do qual, uma largarta, brilhava e observava a lua das ruas, de cidades e todas a idades.
Gregos e Judeus, pensaram, alagaram-se em governos e o primeiro, com o olho maior que a barriga e os outros são a nova extensão do fascismo, com o sionismo, frente a uma guerrilha de árabes, da Palestina, que apenas sofre e tenta de medida desproporcional, se defender com guerrilhas.
Nisto, pelo quarto poder de massa, sendo a mídia conservadora que detém a propaganda e traz o pânico de árabes aos corações vazios dos grandes, gordos, colonos, ricos e colossais de prata e ouro, roubada das antigas civilizações.
Após, o Leão de Judah subir a montanha de Sião, o GH os trouxe ao mundo, desmundos e Anos-Luz de existências milenares em grupos formados nas atualidades.
Capítulo, Diálogos Abertos, apresenta a nova era inacabada, de heróis desumanos, que a Idade Moderna nos trouxe em químicas experimentais por stalinistas, nazistas, freudianos e uns caras que podem ser chamados de Pink Freud.
Encontra-se perdido, trejeitos del Che, camarada, morto na Bolívia e percorrido em duas rodas e lembrada pela cocaína de Freud, aspirada por descendentes, rememorada e inaugurada em Mileto, milenares e perambulantes pelo nosso mundão.
Nisto, pelo quarto poder de massa, sendo a mídia conservadora que detém a propaganda e traz o pânico de árabes aos corações vazios dos grandes, gordos, colonos, ricos e colossais de prata e ouro, roubada das antigas civilizações.
Após, o Leão de Judah subir a montanha de Sião, o GH os trouxe ao mundo, desmundos e Anos-Luz de existências milenares em grupos formados nas atualidades.
Capítulo, Diálogos Abertos, apresenta a nova era inacabada, de heróis desumanos, que a Idade Moderna nos trouxe em químicas experimentais por stalinistas, nazistas, freudianos e uns caras que podem ser chamados de Pink Freud.
Encontra-se perdido, trejeitos del Che, camarada, morto na Bolívia e percorrido em duas rodas e lembrada pela cocaína de Freud, aspirada por descendentes, rememorada e inaugurada em Mileto, milenares e perambulantes pelo nosso mundão.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Sobre o período pré-eleição
As ruas atulhadas de cavaletes, faixas e placas. Os rostos: os mesmos. Sorrisos forçados onde é possível até ver as veias sob pressão pelo esforço. Provavelmente a sessão de fotos foi longa, já que pra cada cavalete há uma foto com o candidato do partido para presidente, governador, deputado federal, senador.
Os tons da imagem são sempre as cores do partido, e parece que no Brasil só existem duas cores, ou o vermelho da esquerda, ou o azul da direita. Então a rua fica uma imagem deplorável de se ver, mas que não que se houvessem mais cores fosse ela ficar mais decente. O ideal era não haver cavaletes.
Quem coloca estes cavaletes? Quem troca os cavaletes quebrados, levanta os cavaletes caídos, coloca as placas e faixas no lugar? Será que esta pessoa não se importa? Ele realmente acredita estar fazendo a coisa certa? Ou a fé que ele tem no candidato do tal cavalete é tão grande que ele imagina ser recompensado no futuro?
E sobre estes candidatos: eu estou me recusando a aceitar que eles realmente acreditam que implantar cavaletes na cidade inteira possa aumentar seus números de voto. Me recuso também a pensar que esses candidatos estão nos subestimando achando que um cavalete, um sorriso forçado, meia dúzia de panfletos e promessas que nos convencerá a lhes dar meu voto.
Penso que o que temos de mais precioso são as coisas que construímos, e automaticamente as coisas que construímos estão atreladas ao lugar a qual pertencemos. Então, aquela pessoa designada a cuidar do lugar onde pertencemos, deve ser a de máxima confiança. Como confiar numa pessoa que só se interessa por você a cada quatro ou dois anos, sempre alguns meses antes de outubro? É ela que deveria cuidar dos nossos interesses, interesses do coletivo, do grupo todo que tem suas criações integradas ao lugar onde pertencem. Então você percebe que não sabe NADA sobre seu candidato.
Não adianta apelar pra internet, porque lá (ou aqui) você só encontrará o que o próprio candidato deixe que você saiba. O que deveria ter sido feito, já não dá tempo de fazer, que seria acompanhar a vida pública deste candidato durante os anos, tanto no caso de uma reeleição quanto no caso de uma primeira vez.
Por alguns meses, tudo o que presenciamos em relação as eleições, será apenas um teatro, o mais bem feito de todas e que se repete a cada dois anos. Vai dizer que nunca houve uma obra vista que você achou que era verdade por alguns instantes?
Vale ressaltar que se todo este teatro é montado, se as condições pré eleitorais estão neste nível de cabrestagem e subestimada intelectualidade, a culpa é só nossa. A tríade "política, religião e futebol não se discutem" nos fez assim: politicamente oprimidos, religiosamente cegos ignorantes e fracassados no futebol.
Nos recusamos a discutir em família, entre amigos, com nossos primos, tios, filhos, colegas as coisas mais importantes, como quem vai cuidar do lugar onde eu vivo, quem vai proteger meus direitos como cidadão, ou quem vai escolher a ou b se eu não posso estar lá para isso. Se trata apenas da política que temos tanta aversão.
Os tons da imagem são sempre as cores do partido, e parece que no Brasil só existem duas cores, ou o vermelho da esquerda, ou o azul da direita. Então a rua fica uma imagem deplorável de se ver, mas que não que se houvessem mais cores fosse ela ficar mais decente. O ideal era não haver cavaletes.
Quem coloca estes cavaletes? Quem troca os cavaletes quebrados, levanta os cavaletes caídos, coloca as placas e faixas no lugar? Será que esta pessoa não se importa? Ele realmente acredita estar fazendo a coisa certa? Ou a fé que ele tem no candidato do tal cavalete é tão grande que ele imagina ser recompensado no futuro?
E sobre estes candidatos: eu estou me recusando a aceitar que eles realmente acreditam que implantar cavaletes na cidade inteira possa aumentar seus números de voto. Me recuso também a pensar que esses candidatos estão nos subestimando achando que um cavalete, um sorriso forçado, meia dúzia de panfletos e promessas que nos convencerá a lhes dar meu voto.
Penso que o que temos de mais precioso são as coisas que construímos, e automaticamente as coisas que construímos estão atreladas ao lugar a qual pertencemos. Então, aquela pessoa designada a cuidar do lugar onde pertencemos, deve ser a de máxima confiança. Como confiar numa pessoa que só se interessa por você a cada quatro ou dois anos, sempre alguns meses antes de outubro? É ela que deveria cuidar dos nossos interesses, interesses do coletivo, do grupo todo que tem suas criações integradas ao lugar onde pertencem. Então você percebe que não sabe NADA sobre seu candidato.
Não adianta apelar pra internet, porque lá (ou aqui) você só encontrará o que o próprio candidato deixe que você saiba. O que deveria ter sido feito, já não dá tempo de fazer, que seria acompanhar a vida pública deste candidato durante os anos, tanto no caso de uma reeleição quanto no caso de uma primeira vez.
Por alguns meses, tudo o que presenciamos em relação as eleições, será apenas um teatro, o mais bem feito de todas e que se repete a cada dois anos. Vai dizer que nunca houve uma obra vista que você achou que era verdade por alguns instantes?
Vale ressaltar que se todo este teatro é montado, se as condições pré eleitorais estão neste nível de cabrestagem e subestimada intelectualidade, a culpa é só nossa. A tríade "política, religião e futebol não se discutem" nos fez assim: politicamente oprimidos, religiosamente cegos ignorantes e fracassados no futebol.
Nos recusamos a discutir em família, entre amigos, com nossos primos, tios, filhos, colegas as coisas mais importantes, como quem vai cuidar do lugar onde eu vivo, quem vai proteger meus direitos como cidadão, ou quem vai escolher a ou b se eu não posso estar lá para isso. Se trata apenas da política que temos tanta aversão.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Somos todos escravos
Já há algum tempo que a mídia tem vinculado supostas denuncias trabalhistas de situações de trabalho análogas a escravidão.
Recentemente uma nova grife foi acusada e uma grande gama de provas apareceu em fotografias, sendo quase certo de que o flagrante é real.
Mas, recentemente, eu tive acesso a um grande acervo de filosofia, e muito me interessei pela teoria da Navalha de Ockham, que diz:
"Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenómeno, a mais simples é a melhor".
Talvez, ninguém ainda tenha notado o óbvio, mas, vou deixar que este óbvio seja respondido depois, leitor.
Note que, não lhe soa estranho que existam muitas provas para um mesmo caso? Que tipo de empresa seria essa que desafia os poderes de dedução e investigação dos fiscais do Ministério do Trabalho? Seria possível que um alojamento de trabalhadores como o que consta nas denúncias, com instalações novas de gás, luz, com pertences dos trabalhadores espalhados, ainda meio guardados em sacolas, malas, bolsas passasse despercebido a tão sábia justiça trabalhista do Brasil?
O fato é que todos os trabalhadores conhecem a eficiência do nosso Ministério do Trabalho e Ministério da Previdência, uma vez que frequentemente vemos na mesma mídia manipuladora casos de pessoas sem qualquer problema de saúde aposentados por invalidez, casos de pessoas que se aposentaram porém continuam a trabalhar. Não há nada mais revoltante do que ver algo construído por anos ser corrompido por interesses terceiros.
Como por exemplo, o desejo de ter um cargo melhor, como aconteceu anos atrás no caso de suposta escravidão em que a grife Zara foi denunciada, mas que com bons advogados e muita investigação, foi descoberta a verdade: não passava de um alojamento arranjado, uma falsa denuncia, bolivianos que mediante pagamento interpretaram os supostos trabalhadores abusados, um jornalista em busca de sensacionalismo e um promotor com a promessa de um cargo mais alto.
Responda rapidamente: você viu este tipo de notícia ser vinculada em qualquer que fosse o canal de comunicação? Para todos os efeitos, a imagem da empresa que foi vítima da falsa denuncia, ficará para sempre suja, mas a dos órgãos de fiscalização e até mesmo da justiça, não.
Ainda na maioria das reportagens sobre o caso da "escravidão", é visto um grande apelo ao fato de as condições encontradas serem "análogas a escravidão", termo este que até uns 4 anos atrás não era referido em casos como este. O grande apelo começa sempre com "em pleno século XXI temos este tipo de ocorrência humilhante", como se a escravidão realmente tivesse nos deixado lá em 1888. Como se ninguém aqui fosse um escravo. Pois, embora ninguém admita, somos todos escravos.
Somos escravos da mídia, da política, do descaso, do poder estabelecido através de um sistema que só exclui e nos vende a imagem de integrar a todos sob um único título: consumidores. Não irmãos, não humanos, apenas consumidores, peças para alcançar o lucro e consequentemente, o poder.
Confesso que comparar o escravo de 1888, o suposto escravo-trabalhador e nós, escravos do sistema, pode ocasionar alguns erros e parecer um tanto anacrônico. E seguindo esta linha de raciocínio, não encontraremos brecha para o que chamamos liberdade. Não quero com isso, diminuir um caso ou outro, pelo contrário, convido-o a uma reflexão. O tema é: você é livre?
Aí estará a resposta óbvia.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Ter ou não ter um carro?
**Acima, uma imagem demonstrando o número de pessoas em uma rua, e cada foto com uma utilização de um meio de transporte.**
Você deseja ter um carro? Você possui carta de motorista? Sabe dirigir? Enfim, estas são questões que nos indagam em vários momentos de nossa vida. Afinal, ter um carro é uma aquisição na sociedade que todos devem ter?
Muitos dizem que sim, que ter um carro é uma aquisição monetária (um bem investido); o conforto e a praticidade, nem se falam, são muito importantes para se locomover, é o que muitos dizem.
Até que olhando por este lado, quase que me deixo levar por esta ideia de status. Afinal, um carro acima de tudo também é ganhar "credibilidade" em sua vida e todo ser humano deseja ser mais bem visto na sociedade em que vive.
Enfim, ter um carro pode até ser bom, porém, o que ganhamos com a realidade de não termos um carro?
Ora, quando não se tem um meio de transporte próprio, você passa a ter de usar transporte público, e com isso começa a ter um outra visão em relação à mobilidade de onde vive.
Faz criar consciência, e perceber o quanto, o meio de locomoção próprio atrapalha o nosso dia a dia. Muitas coisas fazem-me pensar que o carro mais atrapalha do que ajuda, em muito dos casos. O custo de um carro (tanto para comprar, quanto para manter) é muito alto ao proporcional que o brasileiro vive.
O ato de utilizar carro, sempre carro, para onde quer que for, pode lhe causar algumas doenças, pelo fato de você quase não se exercitar quando utiliza sempre veículo próprio.
O impacto mental também está incluso, pois hoje, em SP, quem adquire um carro tem um problema que está se tornando rotina, o stress.
E ainda, coisas que você só percebe quando está fora de um veículo próprio, como o fato de se andar a pé. É a oportunidade para uma pessoa que caminha (principalmente em SP) pela cidade tem, para observar os fatos que acontecem; os muros pichados, as historias de moradores de ruas, os caminhos alternativos, os contos, as paisagens e toda a sociedade.
O que mais me fascina em não utilizar veículo próprio, é o fato de pode viver a sociedade em que vive. Pois a sociedade em que vive uma pessoa que anda 24 horas com carro, ela acaba se isolando do mundo. Como falou um conhecido, o carro só não é tem individualista quanto o celular.
Assinar:
Postagens (Atom)